19.5.11

#atrações irresistíveis: inhotim (MG)

[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]


A 9º Semana de Museus, que começou no dia 17 e vai até ao dia 22 de Maio, foi o pretexto que precisava para escrever sobre Inhotim, perto de Belo Horizonte. Claro que, a propósito da comemoração, o centro de arte vai ter uma programação especial — que pode ser consultada aqui —, mas eu quero mesmo é falar do projeto e do lugar. 


Só para terem idéia, entre 2008 e 2010, já fui três vezes (aliás, as fotos que ilustram este post foram, precisamente, feitas nas diferentes visitas). Detalhe: não moro em Belo Horizonte; tão pouco em Minas.


[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

O fascínio, que não é só meu — o centro tem recebido inúmeros prêmios — é fácil de explicar. Por muito que a Serra do Curral seja o símbolo mais amado da capital mineira, dando-lhe o entorno verde que tanto preza, a verdade é que são cada vez mais os belo-horizontinos que, quiçá em busca de maior sossego, estão optando por morar fora do perímetro urbano, em lugares como Nova Lima, ou até mesmo mais distantes como Brumadinho, Florestal ou Esmeraldas. 

Mas nem é preciso chegar a tanto. Basta que se pense nesses lugares — todos eles num raio inferior a 100 quilômetros para quem está em Beagá — como uma boa sugestão de evasão para mudar de ares e de rotina no final de semana.



[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

O que me surpreende mesmo, para ser sincero, é que ainda haja em Beagá quem, mesmo tendo à disposição inúmeros hotéis-fazenda ou até um ônibus que permite ir e vir no mesmo dia (sáb., dom. e feriados), não conheça o Centro de Arte Contemporânea do Inhotim, em Brumadinho, a pouco mais de uma hora de carro da capital.




[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]


A quem não foi, só tenho uma coisa a dizer: não sabem o que estão perdendo. Falo sério. Como tantas vezes acontece, talvez o nome ‘arte’ ou ‘centro cultural’ sirva de desculpa para explicar a relutância de alguns, mas trata-se de um dos projetos mais inovadores dentro do seu género. Para começar porque ocupa cerca de 40 hectares de uma vasta propriedade de 120, pertencente ao magnata da mineração Bernardo Paz, da Itaminas. Desde 1980, ele tem vindo a amealhar uma coleção de arte contemporânea nada desprezível, tanto que, a dada altura, o acervo atingiu tal dimensão que merecia ser mostrado em público. 


[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]


Foi o que fez: primeiro de forma condicionada, depois já a título permanente, a partir de Outubro de 2006, no centro tal como hoje o vemos.


Com ligação às mais importantes bienais de arte, o Inhotim vem expondo o trabalho de vários artistas brasileiros e internacionais, de forma permanente ou itinerante, em 14 galerias de arquitetura moderna – começaram por ser apenas 9 – ou a céu aberto no parque ambiental, que deve seu paisagismo original a Burle Marx.



[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

Aliás, é esta combinação feliz e pouco usual – pelo menos com esta dimensão – entre a natureza, com um cuidado primoroso que passa pela preservação de espécies botânicas brasileiras, e arte, que faz de Inhotim um lugar único. Tão especial que, por sinal, colocou a comunidade de Brumadinho, até então quase exclusivamente famosa por seu forró de sexta-feira no terminal da rodoviária, no mapa internacional. 



[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

Que ninguém tenha dúvidas: o Inhotim é muito bom em qualquer parte do mundo – conta com uma vasta e bem preparada equipa jovem, acessos facilitados e um excelente restaurante (o bufê, muito farto e saboroso, sai por cerca de R$50 por pessoa, existindo outras opções mais em conta) —, mas está a meros 60 quilômetros da capital mineira. 

[Inhotim, ©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

É programa para um dia inteiro, capaz de agradar a gente de todas as idades e formações. Daqueles em que se fica com as pernas doendo de tanto caminhar, mas de que ninguém reclama.

Rua B, 20, Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais, tel. (31) 3227 0001, de ter. a sex., entre as 9.30 e as 16.30; aos sáb., dom. e feriados, entre as as 9.30 e as 17.30. Ingresso: R$20. Consultar os horários da linha de ônibus BH-Inhotim em www.saritur.com.br

2 comentários:

  1. Estive em BH duas vezes e, apesar de nas duas ocasiões uma ida ao Inhotim ter sido planejada, não consegui ainda conhecê-lo... =/

    Mas, se tudo correr bem, ainda neste ano resolvo esse problema.

    Abraço!

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  2. Vais A-D-O-R-A-R... E fotograficamente é de perder a cabeça. Com o ônibus nos fins-de-semana, ficou muito mais fácil ir para quem não está de carro, o que costuma ser o meu caso em BH.

    Faço a maior propaganda de Inhotim desde que ali fui, pela 1ª vez, em 2008 :)

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