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[Dupla de abertura da matéria "Amazónia: Perto de Manaus, Longe do Mundo", tema de capa da Rotas & Destinos (Portugal) | Abril 2011] |
A Pan-Amazónia é partilhada por vários países da América do Sul, mas mais de metade fica em território brasileiro. À distancia, o resto do mundo preocupa-se com o seu progressivo desmatamento, mas, ao mesmo tempo, não resiste ao seu apelo turístico de “mundo do fim do mundo”. Ante a sua desproporção e quase infinidade, fizemos como todos os iniciados e começámos pelo mais simples, mas nem por isso necessariamente óbvio ou para todos. De Manaus a Belém.
Um mês ou dois após o meu regresso, corria nas redes sociais um abaixo-assinado para travar o complexo hidroeléctrico de Belo Monte, no rio Xingu, estado do Pará. Em causa, uma área superior ao Canal do Panamá que, a avançar e a fazer fé em quem se opõe ao projecto, será responsável pela inundação de, no mínimo, 400 mil hectares de floresta, provocando o êxodo de 40 mil indígenas e de várias comunidades locais, por um lado, e a destruição do habitat de inúmeras espécies protegidas, por outro.
Sempre que se fala da Amazónia, ou da Pan-Amazónia — como se entendeu designar toda a área de 5,5 milhões de km2 partilhada por nove países sul-americanos na bacia do maior rio do mundo, o Amazonas —, ficamos num dilema: até que ponto as notícias mais alarmistas espelham com exactidão a realidade ou são antes, com mais ou menos distorção, tentativas de levar a opinião pública mundial (porque estamos a falar de um património comum à Humanidade, reconhecido pelo Unesco) a tomar partido?
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