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[O arquipélago das Anavilhanas é dos mais belos parques do Amazonas; abaixo: placa do Anavilhanas Jungle Lodge (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Entre as várias “cidades” no meio da floresta amazônica que estão começando a desabrochar para o turismo, sem dúvida que Novo Airão, entre o rio Negro e o arquipélago das Anavilhanas (um dos maiores da região, com mais de 400 ilhas), é aquela que, no conjunto, proporciona a melhor experiência.
Para isso contribui, e muito, o Anavilhanas Jungle Lodge, com apenas 20 bangalós (quatro dos quais, com paredes de vidro para aumentar a sensação de imersão na mata à volta) e um conceito que o torna luxuoso sem deixar de ser rústico.
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[Travessia em ferry (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
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[A nova ponte Iranduba, na altura ainda em construção (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Para lá chegar, são precisas entre três a quatro horas de estrada a partir de Manaus (com a nova ponte de Iranduba, é provável que demore um pouco menos agora), pelo que é prática da casa exigir que se fique, no mínimo, três dias com tudo incluído (exceto bebidas).
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[Entre os 20 bangalós, existem diferentes categorias (©psr/rotas, todos os direitos reservados)] |
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[Os bangalós mais luxuosos, no topo, possuem paredes de vidro; caimão-fêmea (©psr/rotas, todos os direitos reservados)]
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[Além de números, os bangalós são identificados por animais, que indicam depois os lugares à mesa no restaurante (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
O conforto dos bangalós, a arquitetura aberta, os banhos de sol no deque de madeira à volta da piscina debruçada sobre o rio (os mais descolados alternam braçadas numa e noutro), os fartos bufês servidos ao longo do dia na choupana-restaurante, a Internet por satélite, a leitura ou a simples preguiça numa rede, tudo isso são detalhes que fazem a diferença, e merecem ser desfrutados.
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[A sala comum do lodge, com Internet por satélite (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
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[A piscina de borda infinita, sobre o rio Negro, permite relaxar entre passeios (©psr/rotas, todos os direitos reservados)] |
Mas, como num safari, no preço do pacote estão incluídos todos os passeios, de barco ou a pé, mas sempre com vigilância, em diversos pontos das ilhas Anavilhanas. Não são obrigatórios, claro, mas não seria a mesma coisa.
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[Saída para um passeio de barco (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
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[O cais de embarque do lodge (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Para manter grupos pequenos, os hóspedes são divididos e vão rodando nas diferentes atividades previstas durante sua estadia. É uma forma, bem bolada, de promover o convívio e de todos partilharem, à hora das refeições, o que viram e fizeram ao longo da jornada.
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[O Anavilhanas Lodge possui pessoal especializado para acompanhar os hóspedes em seus passeios pelo arquipélago (©psr/rotas, todos os direitos reservados)]
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[Os passeios à pé permitem explorar a mata amazônica de nível 1 (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Alguns guias, como Leandro, são indígenas, o que dá outro sabor a pequenos ensinamentos — como usar a mata a nosso favor, servindo-nos de troncos ocos, por exemplo, para emitir sons — e transmite confiança para abraçar árvores colossais, degustar certas larvas, caminhar descalço ou deixar uma enorme e peluda aranha-caranguejeira trepar pelo nosso braço.
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[A choupana-restarante de dia e vista de fora (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
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[A choupana-restaurante de noite, com as mesas a preceito para o jantar (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Para pena minha, não sobra tempo para ir até ao Parque Nacional do Jaú (só de barco, seriam mais seis horas, implicando acampar ou pernoitar na casa de locais), mas fica-me o consolo de ter visto um dos mais radiosos amanheceres da minha vida às margens do Negro, antes de sair de barco em mais um passeio para a observação de aves madrugadoras (mais ouvi do que vi), e de ter tido o privilégio de, apenas iluminado pelo luar refletido no rio, sair no encalce de criaturas noturnas como as corujas, os caimões, os jacarés ou até mesmo as piranhas.
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[Amanhecer em Anavilhanas, no rio Negro (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]
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[Atraídas pela luz do lampião, as piranhas saltam para os barcos durante os passeios noturnos (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Já a visita guiada por Novo Airão não somou grande coisa à experiência, a não ser pelo centro de artesanato, ao abrigo da Fundação Almerinda Malaquias, onde pode-se comprar algumas das peças encomendadas pelo Anavilhanas Lodge. Antes, porém, não há quem resista ao cliché turístico do restaurante-flutuante de Marilda Medeiros, no porto, para dar de comer aos botos que, todas as tardes, vão ali para reclamar seu quinhão de peixe. Não é a situação ideal, mas é um compromisso em que todos, inclusive os golfinhos narigudos, ganham alguma coisa.
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[A aranha-caranguejeira (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
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[Os botos, cada vez mais arredios, são uma atração à parte (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Acesso pelo km 1 da AM-352, 5,5 km, Nova Airão, tel. (92) 3622 8996, quatro opções de pacotes (mínimo 3 dias) desde R$722
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