30.6.11

#gastronomia: vítor sobral e outros portugueses à conquista de São Paulo

[Vítor Sobral, o chef português mais conhecido no Brasil, fotografado em Lisboa; abaixo: o livro que acabou de lançar pela editora brasileira Senac (fotos com direitos reservados)] 

Existem alguns restaurantes portugueses de referência no Brasil, mas, há anos que não há nada de realmente novo e emocionante nesse capítulo. E o fato é que a cozinha lusa, ainda que adaptada a Terras Brasilis (como português eu sinto, e até entendo, essa necessidade de adaptação a outro meio, a outros paladares), tem vindo a perder terreno para outras nessa imensa Babilônia gourmet que é, para citar o óbvio, a cidade de São Paulo.

E eis que fico sabendo, escutando ali, lendo acolá, que o chef português mais conhecido no Brasil, Vítor Sobral, prepara-se para abrir no dia 12 de Julho, nos Jardins (alameda Itú), uma filial da sua Tasca da Esquina, casa com dois anos que tem feito muito sucesso em Lisboa.

No Brasil, o termo tasca não é usado, mas é uma coisa idêntica ao boteco, com comida sem grandes frescuras e um gosto caseiro, que Sobral, com sua imensa experiência na alta gastronomia, tem sabido transformar num porto seguro para quem está cansado das "invencionices" e do experimentalismo da cozinha dita molecular, e seus sucedâneos, e quer voltar a pratos simples, com uma raiz assumidamente popular, mas bem confecionados. 

Em outras palavras, comida para o dia a dia, do velho receituário, mas revisitada por quem é deste tempo e entende da coisa. Em Lisboa, Sobral tem-se saído bem com a experiência — inaugurou faz pouco tempo a Cervejaria da Esquina, sobre a qual falo aqui — e está neste momento, ao que tudo indica, em São Paulo treinando a equipe que vai ficar na filial paulistana. Aliás, o chef acabou de lançar no Brasil seu livro "Alentejo Além-Mar", publicado pela editora Senac.

Mas há mais. Outra "tasca", sem nome ainda definido, deve abrir na zona oeste, na esquina das ruas Pinheiros e Virgílio de Carvalho Pinto, e será comandada por ex-funcionários do Antiquarius e da Brasserie Eric Jacquin. 

É esperar para ver o que trarão de novo estes dois espaços.


Post scriptum: descobri depois de escrever este post, que mais uma tasca, chamada Taberna 747, prepara-se para abrir suas portas na esquina das ruas Sampaio Vidal e Maria Carolina (Jardim Europa). A casa será comandada pelo restaurateur Ipe Moraes, da Adega Santiago.

27.6.11

#gente em destaque: alex atala e os sabores brasileiros em the new york times

[Alex Atala durante uma demonstração, em Lisboa, apresentado as raízes da priprioca (©mesa marcada); abaixo: close das raízes (foto com direitos reservados)]

Não faz tanto tempo assim, por conta de viagens ainda recentes a Goiás e Pará — de que vou dando conta neste blog em diferentes posts —, tive oportunidade de provar, pela primeira vez, vários frutos e ingredientes amazônicos que, aos poucos, estão não só conquistando o resto do Brasil, mas também atraindo a curiosidade do mundo inteiro. De todo o modo, eu considero que minha estréia pra valer, nessa matéria, deu-se numa passagem, dois anos atrás, pelo Maranhão, para muitos uma espécie de pré-Amazônia, onde fiquei, por exemplo, conhecendo o bacuri (polpa branca e sabor bem intenso).

[Bacuris (foto com direitos reservados)]

Nem sempre é muito justo destacar apenas um nome quando os contributos, válidos para mais, chegam de muitos lados, mas ninguém levará a mal se eu disser que o chef Alex Atala, mais do que todos os outros, tem desempenhado, dentro mas sobretudo fora do país, um papel fundamental em todo este processo de levantamento, experimentação e divulgação do potencial amazônico a favor da cozinha contemporânea brasileira.

Por isso, e porque a elevação do D.O.M à sétima posição no ranking dos 50 melhores restaurante do mundo em 2011 segundo a revista Restaurant o colocou ainda mais — se é que é possível — na mira mundial, não admira que The New York Times, num guia recente sobre a cidade de São Paulo, tenha feito menção em sua resenha ao sorvete de cagaita servido no restaurante. O fato não passou desapercebido e está abrindo caminho para que entendidos juntem agora à conversa outros nomes improváveis como maturi (que provei numa deliciosa moqueca do chef Beto Pimentel, em Salvador), licuri (na foto, ainda no pé da palmeira), achachairu ou priprioca, só para citar alguns.

[Maturis no pé, ou seja castanhas de caju verdes (foto com direitos reservados)]

Muitos brasileiros não conhecem a cagaita — pude comprová-lo quando, deliciado pela descoberta desse sabor através dos sorvetes goianos Frutos do Cerrado, falei a vários amigos e a maioria ficou à toa —, o que dirão os gringos para quem uma pitanga ou uma acerola já são para lá de exóticas.

[Uma cagaita madura, pouco maior do que a moeda de R$1 (foto com direitos reservados)]


Como sempre digo, uma coisa leva a outra. O Brasil está na ordem no dia, mas não é só sua economia que está emergente. Nunca como agora a cozinha brasileira, muito por conta do trabalho de regaste dos ingredientes regionais desenvolvido por Atala e por outros virtuosos como Ana Beatriz Trajano (do Brasil a Gosto) ou Mara Salles (do Tordesilhas), despertou tamanho entusiasmo. Uma prova? Será um dos países-tema, juntamente com o México e o Peru, do Gastronomika, um importante congresso gastronômico do País Basco espanhol, agendado para o próximo mês de Novembro e no qual prevê-se a presença de vários chefs-top do Brasil.

Que a pretexto de tudo isto que está acontecendo, sejam cada vez mais os brasileiros (e não só) tentados a saber mais sobre seus produtos. Como português, reconheço na herança que deixámos aos brasileiros essa tendência para buscar sempre a aprovação de fora e para, muitas vezes, só darmos valor ao que é nosso quando os outros aprovam.

[É assim a cagaiteira durante a floração (foto com direitos reservados)]


Mais do que apenas saber reconhecer a cagaita, ideal para sucos e sorvetes, importa também descobrir que sua árvore ostenta uma belíssima floração branca (como flocos de algodão) nos meses de Agosto e Setembro, enfeitando a paisagem do cerrado brasileiro. Ou que a priprioca, mais uma planta amazônica de cujas raízes extrai-se um potente aroma idêntico ao patchouli, é um agente aromatizador que está fazendo furor e que Alex Atala, sempre ele, não se cansa de divulgar fora do Brasil — ainda em Maio fez questão de apresentar a raiz num evento gastronómico em Lisboa que tinha o peixe por principal mote.

[Pudim de leite, ravióli de limão e banana ouro, uma das sobremesas de Atala que levam o aroma de priprioca (foto com direitos reservados)]

Sobre a priprioca, que pode ser encontrada em algumas barraquinhas especializadas de São Paulo, importa dizer que  seu aroma, como Atala admite, também lembra um pouco a maconha, mas na cozinha, sobretudo em sobremesas, ela faz as vezes da baunilha. Ou seja, uma tremenda viagem sensorial.

20.6.11

#pequeno hotel de charme: Anavilhanas Jungle Lodge, em Nova Airão (AM)

[O arquipélago das Anavilhanas é dos mais belos parques do Amazonas; abaixo: placa do Anavilhanas Jungle Lodge (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Entre as várias “cidades” no meio da floresta amazônica que estão começando a desabrochar para o turismo, sem dúvida que Novo Airão, entre o rio Negro e o arquipélago das Anavilhanas (um dos maiores da região, com mais de 400 ilhas), é aquela que, no conjunto, proporciona a melhor experiência.

Para isso contribui, e muito, o Anavilhanas Jungle Lodge, com apenas 20 bangalós (quatro dos quais, com paredes de vidro para aumentar a sensação de imersão na mata à volta) e um conceito que o torna luxuoso sem deixar de ser rústico.


[Travessia em ferry (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

[A nova ponte Iranduba, na altura ainda em construção (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Para lá chegar, são precisas entre três a quatro horas de estrada a partir de Manaus (com a nova ponte de Iranduba, é provável que demore um pouco menos agora), pelo que é prática da casa exigir que se fique, no mínimo, três dias com tudo incluído (exceto bebidas).

[Entre os 20 bangalós, existem diferentes categorias (©psr/rotas, todos os direitos reservados)]

[Os bangalós mais luxuosos, no topo, possuem paredes de vidro; caimão-fêmea (©psr/rotas, todos os direitos reservados)]
[Além de números, os bangalós são identificados por animais, que indicam depois os lugares à mesa no restaurante (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

O conforto dos bangalós, a arquitetura aberta, os banhos de sol no deque de madeira à volta da piscina debruçada sobre o rio (os mais descolados alternam braçadas numa e noutro), os fartos bufês servidos ao longo do dia na choupana-restaurante, a Internet por satélite, a leitura ou a simples preguiça numa rede, tudo isso são detalhes que fazem a diferença, e merecem ser desfrutados. 


[A sala comum do lodge, com Internet por satélite (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

[A piscina de borda infinita, sobre o rio Negro, permite relaxar entre passeios (©psr/rotas, todos os direitos reservados)]

Mas, como num safari, no preço do pacote estão incluídos todos os passeios, de barco ou a pé, mas sempre com vigilância, em diversos pontos das ilhas Anavilhanas.  Não são obrigatórios, claro, mas não seria a mesma coisa. 

[Saída para um passeio de barco (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

[O cais de embarque do lodge (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Para manter grupos pequenos, os hóspedes são divididos e vão rodando nas diferentes atividades previstas durante sua estadia. É uma forma, bem bolada, de promover o convívio e de todos partilharem, à hora das refeições, o que viram e fizeram ao longo da jornada. 

[O Anavilhanas Lodge possui pessoal especializado para acompanhar os hóspedes em seus passeios pelo arquipélago (©psr/rotas, todos os direitos reservados)]


[Os passeios à pé permitem explorar a mata amazônica de nível 1 (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Alguns guias, como Leandro, são indígenas, o que dá outro sabor a pequenos ensinamentos — como usar a mata a nosso favor, servindo-nos de troncos ocos, por exemplo, para emitir sons — e transmite confiança para abraçar árvores colossais, degustar certas larvas, caminhar descalço ou deixar uma enorme e peluda aranha-caranguejeira trepar pelo nosso braço.


[A choupana-restarante de dia e vista de fora (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

[A choupana-restaurante de noite, com as mesas a preceito para o jantar (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]


Para pena minha, não sobra tempo para ir até ao Parque Nacional do Jaú (só de barco, seriam mais seis horas, implicando acampar ou pernoitar na casa de locais), mas fica-me o consolo de ter visto um dos mais radiosos amanheceres da minha vida às margens do Negro, antes de sair de barco em mais um passeio para a observação de aves madrugadoras (mais ouvi do que vi), e de ter tido o privilégio de, apenas iluminado pelo luar refletido no rio, sair no encalce de criaturas noturnas como as corujas, os caimões, os jacarés ou até mesmo as piranhas.

[Amanhecer em Anavilhanas, no rio Negro (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

[Atraídas pela luz do lampião, as piranhas saltam para os barcos durante os passeios noturnos (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Já a visita guiada por Novo Airão não somou grande coisa à experiência, a não ser pelo centro de artesanato, ao abrigo da Fundação Almerinda Malaquias, onde pode-se comprar algumas das peças encomendadas pelo Anavilhanas Lodge. Antes, porém, não há quem resista ao cliché turístico do restaurante-flutuante de Marilda Medeiros, no porto, para dar de comer aos botos que, todas as tardes, vão ali para reclamar seu quinhão de peixe. Não é a situação ideal, mas é um compromisso em que todos, inclusive os golfinhos narigudos, ganham alguma coisa.


[A aranha-caranguejeira (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

[Os botos, cada vez mais arredios, são uma atração à parte (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Acesso pelo km 1 da AM-352, 5,5 km, Nova Airão, tel. (92) 3622 8996, quatro opções de pacotes (mínimo 3 dias) desde R$722

13.6.11

#fala-se: caipirinha como drinque oficial da copa 2014

[Caipirinha made in Brasil, mas repaginada, poderá vir a ser drinque oficial da Copa 2014 (fotos de divulgação)]

Caipirinha tornou-se sinônimo de Brasil no exterior. Há quem mantenha-se fiel à sua versão original, com cachaça e limão, há quem tenha-se rendido a outras combinações de bebidas e frutas, mais ou menos exóticas, mas sempre com um toque que não nega suas raízes.

Por isso mesmo, a idéia que agora surgiu, por ocasião da 15ª Expocachaça (a decorrer no âmbito da feira Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais), de lançar a bebida como o welcome drink da Copa 2014 pode vir a receber apoios importantes.


José Lúcio Mendes, diretor de Marketing da Expocachaça, explica melhor seus argumentos para fazer da caipirinha o drinque oficial da Copa: “Em vez de brindar os hóspedes nos hotéis com champanhe, vamos receber com nossa caipirinha. Champanhe eles tomam na França”. Tendo em conta que o Brasil espera receber cerca de 600 mil turistas durante o evento esportivo, a cachaça ganharia assim novos embaixadores no mundo inteiro.

Para já, o plano não passa disso mesmo, de um plano, mas, em convênio com o Senac, o Centro Brasileiro de Referência da Cachaça deve brevemente divulgar a carta de caipirinha e de cachaça, a exemplo da carta de vinho, junto ao setor hoteleiro, bares e restaurantes das 12 cidades-sede da Copa do Mundo.

Ainda segundo Lúcio Mendes “A tendência é oferecer um drinque mais leve, elaborado com água mineral e frutas exóticas, que vai descer redondo em nosso país tropical. Não é ficar restrito à mistura de limão, açúcar e gelo”.

10.6.11

#pequeno hotel de charme: villa bahia, em salvador (BA)


[O Hotel Villa Bahia, pintado de amarelo, ocupa dois casarões histôricos no largo do Cruzeiro de São Francisco, em Salvador (fotos de divulgação)]


Durante anos, Salvador, cartão turístico da Bahia e do Brasil,  investiu mais na quantidade do que na qualidade. Poderia dar inúmeros exemplos, mas vou ficar, por agora, na hotelaria. 

O Convento do Carmo veio compensar a falta de um hotel verdadeiramente histôrico; do mesmo modo que o Zank  abriu um novo capítulo em matéria de modernidade, ainda para mais num bairro emergente como o Rio Vermelho. Gosto de um e de outro, por razões diferentes, embora não os ache, dentro dos respetivos estilos, conseguidos a 100 por cento. Além de que não são, propriamente, baratos.

[No térreo, junto à receção, a sala comum (foto de divulgação)]
[O altar do Espírito Santo domina a sala comum (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Mas nem é por ai. Na verdade, sempre que ia a Salvador, eu sentia falta de alternativas. Sentia falta de pequenos hotéis de charme e não percebia, tendo a capital baiana tantas construções antigas que se prestariam facilmente a esse efeito, o porquê de não encontrar nenhum digno de nota ou recomendação.

[A porta do elevador tem diferentes cenas de caça pintadas em cada andar (foto de divulgação)]
[Os três andares são também ligados por escadarias (foto de divulgação)]

Como muitas vezes acontece, foi preciso que vários estrangeiros dessem o exemplo para que a cidade despertasse para esse importante segmento de mercado. 

[Apartamento Guiné (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]
[Apartamento Guiné (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Entre os projetos mais recentes, o Hotel Villa Bahia, explorado por um grupo francês, é um bom achado. Para já, por sua localização, mais do que privilegiada, no largo frente à Igreja de São Francisco.

[Madagáscar, o apartamento mais pedido (foto de divulgação)]
[Outro ângulo do Madagáscar (foto de divulgação)]

Só isso, porém, não chegaria para me convencer, não fosse o caso de estarmos diante de um hotel que uniu dois casarões dos séculos XVIII e XIX e que decorou cada um de seus 17 apartamentos, divididos por três andares (os do 3º piso são menores, mas, em compensação, possuem terraço privativo), de acordo com a Rota das Especiarias dos descobridores portugueses. O preço é igual para todos, mas, claro, uns são mais conseguidos do que outros. Quando ali estive, fiquei no Guiné, mas os mais especiais são o Goa e o Madagáscar (por isso são sempre os primeiros a serem reservados).

[Plantas e flores dos ervanários do século XIX... (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]
[... foram reproduzidos nas portas das áreas de serviço (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

O atendimento é gentil, há uma preocupação de sustentabilidade, a clientela é sobretudo francesa (mas não só) e a decoração, ainda que patinada, não é pesada e alguns apontamentos chamaram-me a atenção, como o altar do Espírito Santo na sala, as cenas de caça pintadas na porta do elevador (por dentro é revestido a madeira e no teto tem até um lustre em trompe-l'œil) ou os ervanários do século XIX reproduzidos nas portas das áreas de serviço. 


[Um dos pátios internos, no caso o que está ligado ao restaurante (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]




Detalhes que fazem (toda) a diferença.


[O restaurante do Villa Bahia, charmoso e gostoso (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Vale ainda a referência ao seu restaurante, comandado pelo chef Marc Le Dantec. No térreo, virado para a rua e para um pátio interno muito aprazível, o restaurante foi uma grata surpresa. Do café da manhã incluído na diária, simples mas farto, ao jantar, em que degustei vários pratos locais, mas sempre com um toque pessoal.


[A piscina fica num segundo pátio interno (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Acabei não usando a piscina — mas existe uma, pequena, num segundo pátio interno —, porque preferi gastar meu tempo livre no terraço do último andar, com vista para os telhados e torres sineiras da Velha Salvador.

[No último andar, os apartamentos possuem terraços privativos (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]
[Mas existe também um terraço aberto a todos os hóspedes com esta vista (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]


Largo do Cruzeiro de São Francisco, 16-18, Pelourinho, Salvador, tel. (71) 3322 4271, diárias desde R$400

6.6.11

#atrações irresistíveis: teatro municipal renovado e mais gourmet (SP)

[Teatro Municipal reabre ao público após três anos de obras (foto D.R.)]


Demorou, mas agora é de vez. Após três anos de trabalhos, o Teatro Municipal de São Paulo abre de novo suas portas, ao que tudo indica nos dias 10 e 11 de Junho (mas só para convidados).

O grande público terá apenas de esperar até ao dia 12 de Junho, altura em que será realizado, às 17 horas, um concerto pela Orquestra Sinfônica Municipal, Coral Lírico e Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Os bilhetes estão à venda desde o dia 2, mas a programação para o que resta da temporada de 2011 promete ser variada, com inúmeros concertos, espetáculos de dança e ópera.


Outra novidade de peso diz respeito à área gastronômica. A licitação para explorar o café e restaurante do teatro foi ganha por Adolfo Gorenstein, um restaurateur conhecido por seus fartos bufês na Sala São Paulo e no MASP.

[Terrine de ricota e laranja Kinkan, um sucesso do Bistro da Sara que transita para o cardápio do novo café (©mario rodrigues)]

Mas não é tudo. O novo espaço de restauração do museu, que deve estar funcionando já em finais de Junho, terá ainda a curadoria, no café da manhã e ao almoço, de Sandra Valéria Silva. Talvez assim o nome não diga grande coisa a muita gente, mas se eu acrescentar que se trata da dona do Bistro da Sara, em Bom Retiro (SP), o caso muda de figura, certo?

[cheesecake de pistache com calda de amora, uma das sobremesas  do novo café do teatro (@mario rodrigues)]

No porão do Bom Retiro, Sandra tornou-se conhecida por seu bufê de cozinha rápida, mas muito saborosa, pelo que nas propostas do café vai repetir pratos como lula recheada de farofinha de pistache, pernil de vitelo assado, terrine de ricota e laranja kinkan, além de doces como o cheesecake de pistache com calda de amora (as sobremesas também estarão disponíveis no bar, entre as 9 e as 16 horas).

Praça Ramos de Azevedo, s/nº, tel. (11) 3397 0300
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