[Alberto Landgraf, chef do Epice (foto de divulgação editada por jms)] |
Ao ritmo que abrem novos restaurantes em São Paulo, não é fácil marcar a diferença. Mais difícil ainda é não só conseguir destacar-se, como também ser apontado, por entendidos na matéria nem sempre concordantes, já como um dos melhores e mais promissores da desvairada Paulistéia.
Pois, o Epice e Alberto Landgraf conseguiram. Em pouco mais de um ano. É obra, não?
Foi o que achei, por isso aproveitei a minha passagem recente por São Paulo para ir, finalmente, conhecer seu trabalho. E uma coisa posso desde já adiantar, fiquei tão bem impressionado que a minha pena é não estar na capital paulista na próxima segunda, dia 13.
Porquê?
[A dupla britânica Young Turks, James Lowe é o da direita (foto com direitos reservados editada por jms)]
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É que o Epice servirá nessa noite um jantar ainda mais especial do que o habitual, preparado a quatro mãos com o chef britânico James Lowe. E quem é James Lowe, perguntar-me-ão alguns de vocês?
Fácil. Já ouviram falar dos Young Turks? Não? Então vale a pena um pouco de pesquisa e, já agora, aproveitar a vinda do chef ao Epice, pois nos últimos tempos ele tem andado em digressão por vários pontos do mundo. Aliás, o conceito de jantares pop-up (em localizações temporárias, como aconteceu por um período no pub londrino Ten Bells) é marca registrada da dupla formada por James Lowe e Isaac McHale, responsável em parte pelo twist da nova alta gastronomia britânica.
[Landgraf e Lowe em ação na cozinha do Epice (©alberto landgraf)] |
Voltando a Lowe, que passou pelo Noma (há três anos consecutivos considerado o número um do mundo pela revista "Restaurant") e foi chef executivo do St. John Bread and Wine, ele será o primeiro chef convidado por Landgraf para cozinhar no Epice. Sobre o jantar de dia 13, sabe-se que terá um custo de 165 reais por pessoa (sem bebidas, só a água está inclusa) e que o menu está sendo decidido pela dupla (aliás, Landgraf publicou em seu Instagram uma foto dos dois, que compartilho acima).
Mas e Landgraf, quem é o chef de que todos falam?
[O bar à entrada (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Foi essa curiosidade que me moveu até lá, como referi no início, pelo que passo a transcrever, com algumas adaptações claro, o texto que escrevi para a edição de agosto da revista portuguesa Volta ao Mundo.
[Um ambiente a verde (foto de divulgação editada por jms)] |
Alberto Landgraf, apesar do nome, nasceu no Sul do Brasil, filho de mãe japonesa e pai alemão. Em Londres e França passou pelas cozinhas estreladas de Gordon Ramsay e Pierre Gagnaire, mas, acabado de entrar nos 30 anos, houve quem achasse que ainda lhe faltava um certo borogodó.
[O polvo, um dos carros-chefe do Epice (foto de divulgação editada por jms)] |
A instalação de Landgraf em São Paulo não foi fácil; demo- raram para levá-lo a sério. Mas, juntamente com dois sócios, ele teimou e abriu o pequeno Epice em abril de 2011. E começaram chovendo elogios.
[Para abrir os trabalhos, um suco de tomate temperado (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Não tanto ao espaço, que é agradável, funcional mas um tanto acanhado (o que, por outro lado, lhe tem permitido manter um padrão muito regular de qualidade), mas à sua cozinha de raiz francesa com um toque autoral (e brasileiro) e muito baseada no que há de mais fresco no mercado.
[O couvert do Epice (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Premiado e com a cumplicidade de chefs como Atala (é vê-los trocando figurinhas em redes sociais como o Instagram...), Landgraf fez do Epice, em tempo recorde, um caso muito sério de sucesso – muitos consideram-no já um dos melhores de São Paulo –, sem descurar a relação custo-benefício.
[A abóbora como entrada (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Além das opções à la carte, o Epice serve um menu executivo ao almoço e um menu de degustação ao jantar. Deixei este último para uma próxima oportunidade, mas no almoço também não me fiquei pela fórmula executiva e fui ao cardápio escolher o que queria naquele dia.
[A barriga de porco com grão (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Não foi desta que comi o famoso polvo ou a tarte tatin, que tantas pessoas me recomendaram, mas, em compensação, não me arrependi com a abóbora de entrada e, como prato principal, a barriga de porco com grão. Devo dizer que tenho comido outras versões, em diferentes pontos do mundo por acaso, e, sem dúvida, a de Landgraf arrebatou-me. Carne cozinhada por horas, ela fica macia por dentro, com um toque defumado, e por fora uma pele bem sequinha e crocante. Muito, muito bom.
[Composição de pera e chocolate (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
No final, para lá das mignardises, fui na composição de pera e chocolate e saí feliz da vida. Com vontade de voltar em breve. Pena que não será já no dia 13. Aproveite quem puder.
Rua Haddock Lobo, 1002, Jardim Paulista – São Paulo, tel. (011) 3062-0866
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