21.10.11

#comidinhas: café da manhã na julice boulangère (SP)

[Um dos kits disponíveis de café da manhã na Julice Boulangère (acima, foto de divulgação) e close dos três tipos de pães servidos em todos os kits (abaixo, ©joão miguel simões)]

Tenho, já assumi aqui por mais de uma vez, um certo xodó pelo bairro paulistano de Pinheiros.

Que ficou ainda mais acessível, desde Setembro último, graças à nova linha 4 do metrô (a amarela). Por isso mesmo, numa manhã de preguiça consentida em plena semana útil, nem pensei duas vezes: peguei o metrô para a estação Faria Lima e, ali desembarcado, fiz depois uma pequena e revigorante caminhada até à Julice Boulangère, frente ao supermercado Mambo

[O sobrado de Pinheiros onde fica a Julice Boulangère (foto de divulgação)]

Endereço sobejamente badalado nos últimos tempos, não vou propriamente revelar o mapa da mina, mas uma enquete rápida junto de alguns amigos paulistas depressa me confirmou a suspeita de que ainda há muito boa gente que não se deu conta do óbvio: a Julice serve, no presente, um dos melhores cafés da manhã da cidade.

[A entrada da Julice Boulangère (foto de divulgação)]

Corrijo: não um, mas quatro, pois são quatro as possibilidades (ou kits, como entenderam lhes chamar) com combinações e preços diferentes.

[O padeiro francês Didier Rosada e Julice Vaz (foto de divulgação)]

A mentora do projeto é Julice Vaz, cada vez mais uma presença assídua em revistas e em programas de TV, e o sucesso crescente da casa só revela que seu faro estava certo quando resolveu investir a sério no negócio dos pães artesanais para bico fino.

[A loja da Julice Boulangère (foto de divulgação)]

Instalada num bonito sobrado de dois andares, tingido de um tom coral, com jardim a condizer, a padaria tem um gostinho a França que não é, claro, coisa do acaso. Depois de estudar panificação no Brasil, e de ter inclusive estagiado no Grupo Fasano, Julice Vaz rumou a São Francisco e a Nantes para se aperfeiçoar. 

[Outro ângulo da loja da Julice Boulangère (foto de divulgação)]

Voltou de lá encantada com o processo de fermentação levain (técnica de fermentação natural), que trata agora de aplicar nos cerca de 20 tipos de pães diferentes que produz, diariamente, e que se agrupam nas variedades de integrais, tradicionais e gourmet.

[O pátio ajardinado da Julice Boulangère (foto de divulgação)]

É o tipo de coisa que precisa ser vista, e saboreada, para ser devidamente apreciada. Mas desde já fica o aviso: não é nada fácil sair da loja de mãos e estômago vazios. Não bastasse a visão tentadora dos pães, e seus doces aromas inebriantes, há ainda uma linha de geleias, chutneys, bebidas, mostardas ou bolos, entre outros produtos, que não lhe fica atrás.

[Alguns dos carros-chefe da padaria: pão de chocolate com ameixa (no topo), brioches integrais (acima, à esq.) e pão de linhaça com castanha do pará (fotos de divulgação)]

Refeições ligeiras fazem igualmente parte das opções, mas, arrisco-me a dizer, a grande sacada da Julice Boulangère foi mesmo fazer do ritual do café da manhã um pretexto para degustar seus vários tipos de pães e bolos.

[O kit 2 do café da manhã servido na Julice Boulangère (foto de divulgação)]

O dia mais concorrido para o fazer é, sem surpresa, o sábado. Se estiver sol então, é até mais do que provável que tenha de esperar por sua vez para se instalar numa das aprazíveis mesas que ficam abrigadas sob a pérgula.


[O pátio ajardinado da Julice Boulangère (foto de divulgação)]


O preço dos kits de café da manhã começa nos R$20 e vai até aos R$37. Já foi mais barato no início, mas continua a ter um ótimo custo-benefício. Na minha recente visita optei pelo kit 2 (R$27) que inclui suco de laranja, uma bebida à escolha (café, cappuccino ou chá), mamão-papaia, bolo do dia, manteiga, duas geleias e uma cesta com três pães à escolha.


[Outro ângulo do pátio da Julice Boulangère (foto de divulgação)]


Se a minha recomendação servir para alguma coisa, acrescento que sou completamente fã do pão de linhaça com castanha do pará, do brioche de farinha integral e do pão de chocolate com ameixa. Só não digo que são de comer e chorar por mais, porque as porções servidas são bem generosas, mas, na saída, é bem provável que se sinta tentado a levar mais alguns para comer depois em casa.


Sim, o risco de ficar dependente dos pães da Julice é grande.

Av. Deputado Lacerda Franco, 536, Pinheiros (SP), tels. 11 3097-9144 e 3097-9162, de seg. a sáb., entre as 8.30 e as 20.00

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